Com estreia marcada para 2 de novembro e distribuição da Pandora Filmes, A Bela América aborda meritocracia e diferenças sociais usando humor ácido.
Combinando suspense e humor ácido, a comédia portuguesa A BELA AMÉRICA lança uma pergunta: até que ponto, está nas nossas mãos moldar a linha do destino que nos é traçada ao nascer? Pelos olhos do protagonista, iremos cruzar a fronteira que divide dois mundos – o de Lucas e sua família, explorados no mundo “uberizado” da sociedade meritocrática e, o de América, uma mulher exuberante, sem medo, sem limites e candidata à presidência. Com distribuição da Pandora Filmes, o longa chega aos cinemas brasileiros em 02 de novembro.
O filme foi selecionado para a 47ª Mostra Internacional de São Paulo e está em cartaz durante a programação. No dia 27 de outubro, ele será exibido, às 21h, no Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca; no dia 29 de outubro, o filme terá exibição, às 21h, no Espaço Itaú de Cinema Augusta Anexo; e dia 1º de novembro, às 18h30, terá uma sessão do longa no Cine Satyros Bijou.
Apesar da origem humilde, Lucas (Estêvão Antunes) decide penetrar no mundo exuberante e de celebridades, acreditando que o seu talento para cozinhar, será o suficiente para impressionar América (São José Correia), a estrela de televisão e candidata a presidente, permitindo-lhe ultrapassar a linha que separa aqueles dois mundos. Lucas entrará clandestinamente na casa de América, cozinhando para ela os pratos mais inesperados, mas sem se revelar, observando à distância, América que chega a casa e se depara, diariamente, com um majestoso jantar sobre a mesa da sala.
Partindo dessa premissa, o diretor António Ferreira combina elementos de mistério, humor e drama, lidando com temas caros ao mundo contemporâneo, como as desigualdades e as tensões familiares. O roteiro é assinado por ele e César Santos Silva.
“Nunca se falou tanto em meritocracia quanto hoje, somos bombardeados com mensagens que nos estimulam a sermos empreendedores, pró-ativos, tomar o destino nas nossas mãos. Porém, o dia a dia parece confirmar uma realidade diferente. Vivemos com a angústia de não fazermos tudo o que poderia ser feito e se não enriquecemos, a culpa é nossa”, explica o diretor sobre o como o filme se relaciona com o presente.
Lucas é exatamente esse sujeito que acredita que precisa fazer mais, e que chegará ao topo fazendo, primeiramente, às escondidas, deliciosos jantares para América, uma mulher rica e badalada.
Em entrevista ao site português Comunidade Cultura e Arte, Ferreira contou que, originalmente, escreveu o roteiro de A BELA AMÉRICA vinte anos atrás, mas fez mudança já que o presente é bem diferente daquele momento. “Decidimos recuperá-lo, mas com alterações brutais e aproveitamos para amadurecer a ideia, a luta de classes persiste e, se calhar, até está mais evidente”.
Para ele, o cinema pode servir como ferramenta de conscientização, e A BELA AMÉRICA toca em pontos urgentes do presente, abordando “questões sérias, como a crise da habitação ou a desigualdade” ou o populismo, procurando desmontar “os mecanismos de sedução dos políticos”, a partir da personagem América.
Fonte: Sinny Assessoria
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