Breves e práticas notas sobre filmes que assisti no final de semana para você ler e avaliar se vale investir seu tempo ou não! 😉
Aloners | 2021 | Coréia do Sul
Aloners é um filme que retrata a depressão e o luto de uma forma que eu não tinha visto antes. Para quem gosta do tema, é interessante assistir. A relação da personagem principal de completo silêncio e enigma para o espectador podem ser muito frustrante, mas faz sentido com o que ela está passando e como enxerga (ou deixa de enxergar) o mundo: com apatia.
Com elementos como despedida (ou falta dela), raiva, impaciência e um viver no automático, Aloners não é um filme fácil de ver, principalmente pelo seu ritmo lento e sequências repetitivas, mas muito coerente e fácil de se identificar para quem passou por uma perda.
Recomendo para ver sozinho em um momento reflexivo.
Disponível em: Mubi
O Fantasma da Ópera | 2004 | Reino Unido
Clássico que já estava na minha lista há muito tempo, O Fantasma da Ópera é puro excesso e melodrama. Dito isso, há quem já o exclua de sua lista e quem o ponha como prioridade nesta. Eu aprecio esse caráter romântico e melodramático que se intensifica pelas cenas musicais que dominam o filme. Enquanto assistia, tive a impressão de que conhecia todas aquelas músicas (muito lindas, por sinal), o que provavelmente é verdade, devido a quantidade de adaptações que levam o nome do livro de Gaston Leroux.
O triângulo amoroso é envolvente e os plot twists sobre a relação de Christine e seu Anjo da Música são intrigantes. A forma como o filme foi ambientado, no teatro, me lembrou muito Moulin Rouge (2001), o que certamente é um elogio.
Para quem gosta de musicais, recomendo!
Disponível em: Netflix
Elvis | 2022 | EUA
Quem já é admirador da filmografia de Baz Luhrmann certamente vai sair da sala satisfeito. Aproveitei meu sábado à noite para assistir no cinema, e, por mais incrível que seja, ainda assim saí cansada da sessão. A montagem, cores, os excessos e os efeitos visuais, são, como sempre, avassaladores e me agradaram muito. Porém, o filme de 2 horas e 40 minutos pareceu se estender em algumas questões (que não vou me aprofundar, pois já tem crítica no site aqui )
Como biografia, senti falta da presença de algumas músicas e reprovei a escolha de narrador-condutor do filme. Como arte, aprecio o uso da magia do cinema para retratar uma personalidade tão grandiosa e extravagante que era a de Elvis. Sou suspeita para falar, pois sou fã do diretor e de suas particularidades, mas achei bem ousado e inteligente o uso da montagem ao longo do filme, mas principalmente no início, criando um visual dinâmico e diferente do que vimos nas cinebiografias mais recentes sobre estrelas da música.
Definitivamente recomendo assistir no cinema, pela experiência cinematográfica completa.
Disponível nos Cinemas
Persuasão | 2022 | EUA
Persuasão, mais uma adaptação das obras de Jane Austen, não está em último lugar na lista por acaso. De início, apreciei a escolha inovadora de condução pela protagonista a partir da quebra da 4ª parede. Porém, havia algo no tom de Anne (Dakota Johnson) que parecia estar fora da época em que estava inserida. O método de condução não ajudou o filme a ficar divertido ou trouxe algo de novo com ele, como acontece em Fleabag (2016-2019), em que a quebra da 4ª parede serve, entre tantas outras coisas na série, para o espectador estabelecer uma relação próxima e pessoal com a protagonista, servindo tanto para um timing cômico quanto para nos aprofundarmos na perspectiva da personagem.
Se comparado com as outras adaptações das obras de Jane Austen, Persuasão acerta na inclusão e diversidade, mas peca na construção de empatia do espectador perante os personagens principais, sem personalidades tão trabalhadas e um amor que muito é mencionado durante o filme, mas pouco mostrado.
Da lista, é o que menos recomendo.
Disponível em: Netflix