OSCAR 2023: APOSTAS – Parte 2

OSCAR 2023: APOSTAS – Parte 2

Continuando as apostas do Oscar 2023, mas agora com as categorias técnicas e visuais. Temos uma disputa interessante entre ElvisNada de Novo no FrontTop Gun: Maverick como os principais destaques dessa parte.

Melhor Montagem

A categoria de Melhor Montagem é, sem sombra de dúvidas, um dos principais termômetros para saber quem irá levar o principal prêmio da noite. Dessa forma, não seria absurdo apontar que Tudo em Todo Lugar seja o favorito desta também, com destaque para o trabalho excepcional de Paul RodgersTop Gun: Maverick é outra aposta bem sólida pela correlação entre montagem e som, no qual é grande favorito. Desde Os Infiltrados, em 2006, um filme que não foi indicado na categoria de som não vencia aqui. Eu acredito que tabus estão aí para serem quebrados e que o longa dos Daniels tenha força e qualidade técnica o suficiente levar essa estatueta para casa.

Elvis além de ter um apelo técnico invejável também está brigando na dianteira em Melhor Som, se consagrando como possível zebra, por acreditar que Eddie Hamilton (Maverick) e Rodgers tenham mais força pelos prêmios relevantes que já levaram. Enquanto isso, Mikkel E. G. Nielsen, vencedor do Oscar por O Som do Silêncio em 2021, e que agora disputa por Os Banshees de InisherinMonika Willi de Tár já vêem as suas indicações como vitória.

Favorito: Paul Rodgers (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo)

Pode vencer: Eddie Hamilton (Top Gun: Maverick)

Zebra: Jonathan Redmond e Matt Villa (Elvis)

Melhores Efeitos Especiais

É interessante observar como os indicados dessa categoria pertencem a grupos muito bem definidos. O Caminho da Água Wakanda Para Sempre são os dois blockbuster que utilizam cenários em tela verde, CGI e fotorrealismo, em prol da construção de todo um universo fictício. Do outro lado, Nada de Novo no FrontTop Gun: Maverick são os adeptos dos efeitos práticos. E, por fim, Batman é a intersecção destes dois grupos por utilizar esses dois tipos de efeitos de maneira equilibrada.

Dessa forma, os votantes irão majoritariamente no principal nome de cada um desses grupos. Ou seja, Avatar 2MaverickBatman, por representar o equilíbrio. Ao meu ver, ainda que o longa de caças tenha méritos incríveis na utilização desse tipo de efeitos, apostaria de olhos fechados na inovação tecnológica de Cameron que já devorou prêmios décadas atrás e segue fazendo o mesmo em 2022/2023.

Favorito: Avatar: O Caminho da Água

Pode vencer: Top Gun: Maverick

Zebra: Batman

Melhor Fotografia

Essa é uma daquelas categorias que literalmente qualquer um nome pode vencer. Não falo isso para me isentar do papel de apostar em ou outro, mas é pelo fato dos favoritos, Russel Carpenter (Avatar: O Caminho da Água) e Claudio Miranda (Top Gun: Maverick), não terem sido sequer indicados. Encarando esse vácuo, acredito que James Friend seja aquele que se destaca perante os demais filmes. Nada de Novo no Front tem qualidade técnica invejável e a sua fotografia não foge a esse quesito com cenas lindíssimas, mas devastadoras acerca da capacidade destrutiva da guerra.

Os filmes do Alejandro González Iñárritu sempre se destacam por possuírem um forte apelo fotográfico. Os seus últimos dois filmes (BirdmanO Regresso) venceram esta categoria com Emmanuel Lubezki no comando das lentes. Apesar da direção de fotografia de BARDO ser de Darius Khondji, o iraniano praticamente emula o trabalho de Lubezki, que Iñarritu e a Academia tanto gostam. Contudo, não podemos subestimar a força do nome de Roger Deakins, veterano com 16 indicações e 2 Oscares na estante pelos seus últimos 2 trabalhos indicados. Ele é o maior ponto positivo do filme de Sam Mendes, mas as recepções mistas do longa podem atrapalhar a sua campanha de levar para casa a estatueta. Mandy Walker (Elvis) é outra veterana, mas que nunca havia sido indicada. O seu trabalho foi muito elogiado e pode ser uma aposta interessante na categoria. Talvez o Oscar a veja como oportunidade de, enfim, premiar a primeira mulher nesta categoria.

Favorito: James Friend (Nada de Novo no Front)

Pode vencer: Mandy Walker (Elvis)

Zebra: Darius Khondji (Bardo: Falsa Crônica de Algumas Verdades)

Melhor Design de Produção

A palavra do ano nesta categoria é “época”. A reprodução fidedigna de determinado período da história sempre agrada os críticos e desta vez os 3 principais nomes se destacam nesse sentido.

Os Fabelmans possui aquele design de produção mais “limpo” e com cenários muito mais simples. Um contraste nítido em relação aos demais concorrentes, principalmente dentre os favoritos: BabilôniaElvis, que disputam entre si para saber “quem é o mais excêntrico”. Enquanto Avatar: O Caminho da Água Nada de Novo no Front correm por fora.

Com um Art Directors Guild (o Sindicato dos Diretores de Arte), BAFTA e o Critics Choice Awards ganhos por Babilônia, já é possível credenciá-lo como favorito em relação a Elvis. Contudo, ainda não da para bater o martelo de maneira categórica, pois Elvis vem embalado com 8 indicações, aliado ao fato de ser uma cinebiografia que possui maior apelo entre os críticos. Neste cenário, Os Fabelmans pode se beneficiar por ser o “diferentão” em relação aos outros dois.

Favorito: Babilônia

Pode vencer: Elvis

Zebra: Os Fabelmans

Melhor Figurino

Com 3 Oscars na sua prateleira, 11 indicações e mais de 40 anos de carreira, Jenny Beavan é a estilista mais experiente do ano, tendo até ganhado recentemente um Oscar pelos seus looks impecáveis em Cruella. Agora, ela explora o universo da moda de época parisiense com Sra. Harris Vai a Paris. Ainda que seja um nome a se observar e com renome suficiente para surpreender, é difícil acreditar que o longa protagonizado por Lesley Meanville tenha forças para isso.

A briga principal, de fato, está centrada em Catherine Martin e suas reproduções idênticas dos looks icônicos do Rei do Rock e Ruth E. Carter, por Wakanda Para Sempre, busca repetir o mesmo feito de Pantera Negra, no qual ela venceu em 2018. Agora, será se o raio vai cair mais de uma vez no mesmo lugar? Tudo indica que existem chances reais para que sim. O seu trabalho é realmente impressionante, por elevar o que foi mostrado no primeiro filme, ao utilizar muito bem os figurinos para compor narrativamente os personagens, com destaque para a passagem do funeral. Contudo, a não indicação de Wakanda Para Sempre na categoria de Design de Produção pode enfraquecer a campanha de Carter.

Martin, por sua vez, vem embalada por outras 2 indicações este ano: Melhor Design Produção e Melhor Filme (ela também assina como produtora executiva de Elvis lado de Baz Luhrmann, o seu marido) — a mulher com mais de indicações do ano e com a possibilidade de se tornar uma das grandes vencedoras da noite.

Mary Zophres (Babilônia) e Shirley Kurata (Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo) disputam o posto de zebra mais provável desta categoria. A primeira, que está em sua quarta indicação, é um nome muito mais conhecido pelos seus trabalhos com Damien Chazelle e os Irmãos Coen. Contudo, apesar de todo esse renome, a estilista nunca venceu uma estatueta. Chegando a perder inexplicavelmente para Animais Fantásticos e Onde Habitam quando estava concorrendo por La La Land. Dessa forma, acredito que Kurata pode se beneficiar. A figurinista das estrelas entrega uma gama de looks que incorporam a excentricidade da personagem de Stephanie Hsu, assim como reforça o tom “estranho” e bizarro de Tudo em Todo Lugar. Além disso, o longa dos Daniels é a grande sensação da noite, então pode ser possível que a Academia olhe com carinho para o trabalho da estreante.

Favorito: Catherine Martin (Elvis)

Pode vencer: Ruth E. Carter (Wakanda Para Sempre)

Zebra: Shirley Kurata (Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo)

Melhor Cabelo & Maquiagem

A categoria de Cabelo & Maquiagem deste ano é marcada pelas transformações de Brendan Fraser em A Baleia, Austin Butler e Tom Hanks em Elvis e Colin Farrell em Batman. Cada uma possui os seus méritos, principalmente em não deixar as atuações se perderem entre as próteses. Nesse sentido, coloco os dois primeiros filmes disputando a frente, com um certo favoritismo para a cinebiografia do Rei do Rock. Em 2022, Os Olhos de Tammy Faye levou essa estatueta pelas transformações de Jessica Chastain Andrew Garfield, e acredito que as caracterizações fidedignas de Elvis sejam o suficiente para o longa de Baz Luhrmann repetir o feito.

Pelo fato da maquiagem de Fraser e Butler estarem diretamente ligadas a atuação dos dois, não seria de nenhum espanto caso essa categoria funcionasse como um spoiler de quem irá vencer na categoria disputadíssima de Melhor Ator. No BAFTA, isso se refletiu, pelo menos.

Favorito: Elvis

Pode vencer: A Baleia

Zebra: Batman

Melhor Trilha Sonora Original

Para mim, essa categoria é uma grande incógnita. Muito por quê é uma das mais concorrida da noite, pois acredito que qualquer um dos indicados têm chances reais de ganhar, com apenas Tudo em Todo Lugar sendo o nome mais “fraco aqui”. De resto, batalha de gigantes. Mas vamos lá…

John Williams é o maior nome da categoria. Com quase sete décadas de carreira, o compositor de 91 anos acumula 5 vitórias em 53 indicações. Assinando as trilhas emblemáticas de TubarãoIndiana JonesStar WarsE.T., Harry Potter, A Lista de Schindler e muito mais. O seu trabalho em Os Fabelmans é magnífico e pode ser a grande oportunidade que o longa do Spielberg tem de não sair de mãos abanando. Uma curiosidade é que 3 de suas 5 estatuetas são em trabalhos com o diretor, o que traz ainda mais força para a sua campanha, atrelado ao apelo de coroar a sua trajetória no “fim da vida”, tal qual foi feito com Ennio Morricone, por Os Oito Odiados em 2016.

Justin Hurwitz representa uma nova geração de compositores e certamente já é um dos principais nomes dela com 2 Oscares, ambos por La La Land. A categoria de Trilha Sonora Original também é a principal aposta para que Babilônia de Damien Chazelle, seu fiel escudeiro, não saia de mãos vazias.

Agora, se estes dois nomes disputarem um favoritismo muito próximo e dividirem votos entre si, Volker Bertelmann pode se dar bem nessa. Nada de Novo no Front é uma das sensações da temporada e promete passar a limpa nas categorias técnicas e de visual. Não me espantaria caso o longa alemão levasse essa também. O compositor venceu o BAFTA e isso pode ser o suficiente para se destacar perante grandes nomes.

Favorito: John Williams (Os Fabelmans)

Pode vencer: Justin Hurwitz (Babilônia)

Zebra: Volker Bertelmann (Nada de Novo no Front)

Melhor Canção Original

A categoria de Melhor Canção Original é uma das mais midiáticas da premiação, atrás apenas das principais. Muito porque junta dois públicos: os amantes do cinema e da música. Além disso, no decorrer da premiação os indicados apresentam suas canções, que geralmente entregam momentos icônicos —  da Céline Dion performando “My Heart Will Go On” de Titanica química de Bradley CooperLady Gaga cantando “Shallow“, música vencedora em 2019, com direito a troca de olhares “apaixonados”. A atriz, compositora e cantora dona de hits como Bad Romance retorna a premiação, após ter sido esnobada pelo seu papel em Casa Gucci, querendo repetir o seu feito de 4 anos atrás. Em muitos anos, a emocionante canção com toques oitentistas encabeçaria a disputa dessa categoria, mas não nesse.

Uma das performances mais aguardadas da noite é de Rihanna, já confirmada pela organização do Oscar. A cantora, que passou os últimos anos se dedicando na carreira de empresária e sem entregar um álbum novo desde 2016 (ANTI), teve um comeback de ouro ao fazer o show do intervalo do Super Bowl LVII (teve até anúncio da gravidez de seu segundo filho). Mas antes disso, ela já havia entregado “Lift Me Up” para a trilha sonora de Pantera Negra: Wakanda Para Sempre, que pode dar o Oscar para ela. É fato que a proximidade de 1 mês entre os dois eventos faz com que Rihanna chegue para disputar o topo.

Mas para conseguir levar a estatueta para casa, tanto Rihanna quanto Lady Gaga precisam superar a grande pérola da premiação: “Naatu Naatu” de RRR. O filme indiano é certamente uma das produções mais carismáticas do ano, além de ensinar Hollywood como fazer espetáculo e um verdadeiro épico de ação. E não me levem a mal, sou fã das outras duas cantoras, mas imagino que grande parte da audiência que assistiu RRR (disponível na Netflix) esteja aguardando ansiosamente o que eles irão fazer no palco do Oscar 2023, podendo superar a nível de empolgação e envolvimento até a performance especial de “Não Falamos do Bruno” em 2022.

Diane Warren, por sua vez, é um nome para se acompanhar de perto. A compositora possui 14 indicações ao Oscar, mas nunca venceu nenhuma, “apenas” um Oscar Honorário. Se fosse por um filme que não tivesse tido uma repercussão tão pequena e desfavorável como Tell It Like A Women eu credenciaria Warren como uma possível zebra. Mas parece que o pop experimental de Son Lux por Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo ainda esteja uma posição a frente da música de Warren.

Favorito: Kala Bhairava, M. M. Keeravani, e Rahul Sipligunj “Naatu Naatu” (RRR)

Pode vencer: Rihanna – “Lift Me Up” (Pantera Negra: Wakanda Para Sempre)

Zebra: Lady Gaga – “Hold My Hand” (Top Gun: Maverick)

Melhor Som

A categoria de som sempre foi uma incógnita para os votantes, principalmente quando era dividida em duas (Mixagem e Edição). Tendo em vista que Top Gun: MaverickElvis sejam os únicos daqui a aparecer na categoria técnica de Melhor Montagem, apostaria que os dois estão na dianteira, com o filme sobre caças e toda sua sonoplastia incrível assumindo uma posição a frente. Contudo, não se pode subestimar a força que filmes musicais, principalmente as cinebiografia, tem nessa categoria. Elvis pode, assim, repetir o feito de Bohemian Rhapsody anos atrás.

Por falar em apelo, filmes de guerra sempre estão entre as principais apostas e não seria diferente desta vez, com Nada de Novo no Front recebendo 9 indicações.

Favorito: Top Gun: Maverick

Pode vencer: Elvis

ZebraNada de Novo Front

Melhor Animação em Curta-Metragem

Por mais tentador que seja torcer para que uma produção intitulada de My Year of Dicks ganhe (não se deixe enganar pelo nome ela é maravilhosa), é um pouco difícil acreditar que ela se destaque, por campanha, de nomes como The Boy, the Mole, the Fox and the Horse, animação disponível no Apple TV +, que tem a cara da premiação: traços bonitos e uma história clichê, mas muito emocionante, sobre a jornada de um menino em busca de sua família, ao lado de amigos que conhece no caminho e que dão nome ao título do filme (uma topeira, uma raposa e um cavalo). Para credenciar ainda mais o seu favoritismo, a produção já tem um BAFTA e 4 estatuetas do “Oscar das Animações”, o Annie Awards.

An Ostrich Told Me the World is Fake and I Think I Believe It pode se beneficiar do favoritismo de Pinóquio por compartilharem do mesmo formato de stop-motion, ao mesmo tempo que também pode ser o seu ponto-fraco caso a Academia queira diversificar a linguagem dos vencedores. Desta forma, Ice Merchants pode se consagrar como a zebra desta categoria. A obra vem embalada por dois fatores: marca a primeira indicação de uma produção portuguesa ao Oscar e possui uma estética aquarelada bem diferente do convencional, que brinca com a linguagem das cores; fora que é uma história sobre luto muito linda e emocionante. Por fim, The Flying Sailor é uma grande incógnita, o longa se destaca pelos seus traços diferentes do usual e uma narrativa surrealista. Como essa categoria costuma surpreender, não me espantaria se levasse uma estatueta para casa.

Favorito: The Boy, the Mole, the Fox and the Horse

Pode vencer: Ice Merchants

Zebra: My Year of Dicks

Melhor Curta-Metragem em Live-Action

A Irlanda de fato veio com tudo no Oscar 2023. Os Banshees de Inisherin é um dos favoritos em diversas categorias, The Quiet Girl fez história ao ser o primeiro longa do país a receber uma indicação na categoria de filmes internacionais e An Irish Goodbye completa a trinca de indicados da Irlanda. Posto isso, é possível inferir que a produção toma a dianteira na corrida desta categoria e seu relato caloroso acerca do luto de dois irmãos que perderam a mãe. Isso fica ainda mais claro pelo fato dos diretores, Tom BerkeleyRoss White, já chegarem ostentando um BAFTA na estante. Além disso, a produção não só é a única de língua inglesa como trabalha muito bem com representatividade, ao contrário de Night Ride que tenta, mas falha completamente — se tornando até problemático em alguns momentos, ainda que repleto de boas intenções.

Le Pupille é quem melhor rivaliza com An Irish Goodbye. O curta italiano dirigido por Alice Rohrwacher (disponível no Disney +) possui como o produtor ninguém mais e ninguém menos do que Alfonso Cuáron; e caso ele vença, veremos história sendo feita. O realizador mexicano multipremiado já venceu em quase todas as categorias possíveis: Melhor Diretor, Melhor Edição, Melhor Cinematografia e Melhor Filme Internacional (além de já ter sido indicado em Melhor Filme, Melhor Roteiro Original, Melhor Roteiro Adaptado e, agora, Melhor Curta-Metragem em Live-Action). Ou seja, não da para negar que o seu nome, atrelado a história muito fofa e bonita de Le Pupille sobre garotas rebeldes num internato católico, não formem um organismo poderoso capaz de desbancar qualquer favorito.

Porém, em diversos casos onde há dois títulos favoritos os votos se dividem e a estatueta acaba sobrando para a “terceira força”: The Red Suitcase. O curta de Luxemburgo do diretor iraniano Cyrus Neshvad pode não ter os mesmos apelos que An Irish Goodbye Le Pupille, mas o seu drama com requintes de suspense a respeito de uma menina iraniana fugindo de um casamento arranjado no aeroporto tem de tudo para surpreender nesta categoria (e é o meu preferido).

Favorito: An Irish Goodbye

Pode vencer: Le Pupille

Zebra: The Red Suitcase

Melhor Documentário em Curta-Metragem

Observo a categoria de Documentário em Curta-Metragem com três nomes muito bem definidos no páreo.

Haulout nos mostra as consequências do aquecimento global e dos mares no nosso ecossistema em escala reduzida: através do comportamento das morsas no Ártico Russo. Em apenas 25 minutos, o menor dentre os indicados, acompanhamos o biólogo Maxim Chakilev, que passou anos estudando esse fenômeno de migrações desses animais, se encontra abismado com o caos que passou a ver nos últimos anos.

Como Cuidar de um Bebê Elefante também busca retratar a natureza e a relação do homem com ela, mas com um olhar bem mais intimista. Aqui vemos um casal de indianos que se apaixona por Raghu, um elefante órfão, e passam trabalhar para garantir a sua recuperação e sobrevivência. Nisso, somos contemplados com imagens lindíssimas de mais puro afeto.

Ainda que estes dois curtas possuam apelos bastante atuais e significativos, acredito que O Efeito Martha Mitchell é aquele que melhor sintetiza o que é um “bom curta-documental”. O filme é montado com excelência e faz um uso excelente de imagens de arquivos para se contar uma história puramente estadunidense, mas de forma universal. Em nenhum momento me soou desinteressante ou desconexo para mim, que não conhecia a personalidade retratada e tampouco a sua influência na política dos Estados Unidos. Do ponto de vista técnico, acredito que seja o que mais se destaca dentre os outros dois que estão no páreo.

Favorito: O Efeito Martha Mitchell

Pode vencer: Como Cuidar de um Elefante

Zebra: Haulout

Confira a parte 1 da lista com as categorias principais aqui

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